Foi assim que eu descobri que a leitura transforma e conecta

Eu nasci numa família de educadores. Meus pais eram professores e os livros sempre estiveram presentes na minha vida. Meu pai, por exemplo, tinha um horário sagrado na sua rotina dedicado à leitura. Até hoje, eu mantenho esse hábito comigo. Era costume da nossa família escolher o mesmo livro, lê-lo juntos e depois compartilhar nossas percepções. Foi assim que eu descobri que os livros não só nos educam, mas também nos conectam.

Hoje, vivemos em um mundo onde os vídeos dominam. Eles são rápidos, emocionantes e imersivos. Quando assistimos a um vídeo, nosso cérebro processa imagens e sons, ativando áreas ligadas ao processamento visual e à emoção. É uma experiência mais passiva, mas muito envolvente. Por outro lado, a leitura vai além: ela exige que a gente participe ativamente, imaginando cenários, refletindo sobre ideias e conectando informações. Você também já percebeu isso?

Ler é como um treino completo para a mente. Quando lemos, expandimos nosso vocabulário, melhoramos nossa escrita e trabalhamos a criatividade. Além disso, a leitura nos ajuda a formar senso crítico, ou seja, a capacidade de refletir e questionar o que está ao nosso redor. É o jeito mais tradicional de se educar a respeito de algo. Afinal, a humanidade construiu seu legado cultural em livros há quase mil anos.

Já os vídeos, apesar de ativarem áreas do cérebro ligadas à imaginação e ao processamento visual, favorecem um aprendizado mais rápido e emocional, mas menos reflexivo. Ambos têm seu valor, mas a leitura nos desafia a pensar e crescer de uma forma única.

É exatamente por isso que eu defendo a leitura como um hábito essencial. Ler não só nos ensina, mas também nos transforma. É um convite para expandir horizontes, explorar novos mundos e desenvolver habilidades que levamos para a vida toda.

Hoje, no Dia do Leitor, quero te inspirar a abrir aquele livro que está na sua estante ou a começar uma nova história. Porque, enquanto os vídeos nos mostram o mundo, os livros nos ensinam a entendê-lo.

E você, qual é a sua relação com os livros?

Luciene Rochael.